quarta-feira, abril 01, 2009

Avanço islâmico sobre o Ocidente

Lula pode ser racista o quanto quiser. Ele tem o direito de culpar pessoas "loiras e de olhos azuis" pela crise em que estamos; culpa sem provas, indiscriminadamente. Aberta, explicitamente, ele incita o ódio racial (que é uma das formas de obedecer ao terceiro mandamento do líder da revolução russa, Lênin. Veja em http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20071226051333AACu1qF). E o que acontece com ele? Absolutamente nada. E por quê? Por que Lula não é processado por racismo? Ora, porque odiar brancos de olhos azuis, minha gente, não é racismo! É justiça. Sim! Justiça. Assim como todos os pobres, negros, marginalizados são todos - absolutamente todos - santos, todos os ricos, brancos, de olhos azuis são a essência da perversidade, da maldade.
É este o país em que vivemos. Não, não! É este o mundo em que vivemos. Mundo onde o que vale para um, não vale para o outro. Da mesma forma que racismo contra branco não é racismo, críticas contra o islamismo não são críticas, são "violação dos direitos humanos". Vejam os artigos ( http://www.midiaamais.com.br/brasil/105-a-noite-se-aproxima
http://www.dicta.com.br/ ler texto V de vingança). Agora, dizer que o bispo de Redife e Olinda, Dom Frei José Cardoso Sobrinho, "perdeu a oportunidade de ficar calado" a respeito do aborto forçado na menina de 9 ano, por exemplo, pode. A Igreja Católica pode ser criticada, ter seus dogmas e posições contestadas sem que isso seja "violação dos direitos humanos".
A contestação de dogmas é uma coisa. A discordância de idéias é uma coisa. Uma coisa muito diferente de assassinatos! De proibições, persguições, marginalizações.
O racismo contra brancos e o islamismo avançam sobre o Ocidente. Os que têm olhos, verão. Os que têm ouvidos, ouvirão.

sexta-feira, março 06, 2009

O homem: um macaco pelado?

Neste mundo, muita gente diz muita coisa. Dentre estas muitas coisas, devo ter sido responsável por alguns milhões de dizeres. Dentre estes milhões de dizeres, algumas milhares de besteiras – como diria o Chaves( não o Hugo) – me escapuliram. E olha que eu sou apenas um; e um nem tão besta assim. Mas a estatística em que me baseio não tem nada de científica. Pensando bem, ela não possui nada da Estatística. É, com todo o peso da palavra, e com todas conseqüências da atitude, um chute. E é, possivelmente, mais uma besteira que “me escapuliu”.
Chego a este ponto - e tendo concluído o primeiro parágrafo do modo que concluí - honestamente não sei como continuar. Sinto ganas de apagar o que já foi escrito, mas sinto pena. Sinto pena do esforço que despendi. Sinto pena do tempo que me tomaram aquelas linhas. Sinto pena do leitor. Espero. Tenho paciência. Na verdade não é paciência. Chamo de paciência porque tenho vergonha de chamar o que sinto pelo seu nome verdadeiro. Seu nome verdadeiro é uma realidade vergonhosa. Passar vergonha exige muita coragem. Encho-me, pois, de coragem. Chamarei pelo seu nome verdadeiro o que sinto. O que sinto é...Preguiça. Mas ela não me impede de ler o título deste texto, e eis que de repente me lembro o porquê de eu ter começado a escrevê-lo.
Eu tenho um amigo que é biólogo e professor. Trabalhávamos juntos na mesma escola, e certo dia, em meio a uma conversa, ele sentenciou: “O homem é um macaco pelado”. No momento, achei a frase espirituosa, inteligente, e sorri. Enquanto eu distendia meus lábios e mostrava meus dentes, meu cérebro – não sem minha importante ajuda - guardou aquela frase em algum lugar que eu não vejo, não toco, mas que sei que existe; sei que existe porque hoje (quinta-feira), estudando o livro Trivium, escrito pela irmã Miriam Joseph, o tal lugar foi invadido, arrombado, assaltado, e de dentro dele foi seqüestrada a frase “O homem é um macaco pelado”. Mas o quê fez com que a leitura do livro tomasse de assalto minha memória, e surrupiasse à minha consciência a tal frase?
Eis o mistério e o motivo deste artigo, que agora lhes revelo: o homem NÃO É UM MACACO PELADO! Querem provas filosóficas? (sei que muitos vão responder que não e - como meu irmão - vão cair de sono; mas peço um pouco de complacência, afinal de contas já chegamos tão longe...) Eis, então, o que vocês anseiam:
Prova filosófica: no livro, a irmã Miriam escreve que tudo aquilo que é matéria física (ou seja, tudo aquilo que pode ser tocado, visto...) é constituído de: a) matéria; e b) forma. Sendo entes físicos, homens e macacos têm, pois, matéria e forma.
“Mas o que é matéria?” questiona, interessadíssimo, meu irmão. Matéria – respondo – é aquilo de que é feito o ser; é aquilo que recebe uma determinada forma.
“E forma? O que é forma?” insiste ele, concentradíssimo. Forma é a essência; é o que faz o ser ser o que ele é. No presente caso, macacos e homens têm matérias iguais, mas formas radicalmente diferentes.
Dou o braço a torcer (pouquinho) que se compararmos um homem a uma pedra, ele e o macaco parecerão gêmeos siameses. Tudo por que a forma, a essência do homem, é mais próxima da de um macaco do que da de uma pedra. Mas e se comparássemos a nossa essência com a de um macaco? Para responder a esta questão, imaginemos o seguinte diálogo entre o meu amigo biólogo e eu:
- O homem é um macaco pelado! – exclama.
- Você realmente acredita nisso? – pergunto.
- Sim! - diz. E argumenta:
- Temos, nós e os macacos, 98% da carga genética similar. A genética prova! A ciência prova!
Intrigado, indago:
- Se a única diferença entre o homem e o macaco são os pêlos, por que você não se consulta com um chimpanzé ao ficar doente?
Meu amigo cala. Eu o encaro:
-Você confiaria em um capitão orangotango se tivesse que voar do Rio a São Paulo?
Meu amigo balbucia. Não silencio:
- O que você acharia de entregar a educação de seus filhos a um macaco-prego? E que tal um sacerdote babuíno? E por que você não se casa com um gorila?
Imagino a cara do meu amigo. Caso tivéssemos travado a conversa acima, não sei continuaríamos amigos. Por mim, sim. Por ele...Talvez, se ele aceitasse a besteira que disse como tal.
Ah! Lembrei por que eu comecei o texto dizendo o que eu disse.

quarta-feira, março 04, 2009

Informações sobre o Foro de São Paulo

Nos endereços abaixo vocês encontraram importantes informações (um livro em formato pdf e uma entrevista do presidente da Unoamérica) sobre o Foro de São Paulo.

http://notalatina.blogspot.com/

The Sao Paulo Forum: A Threat to Freedom in Latin America

domingo, março 01, 2009

O lado obscuro de Guevara

Quem nunca trombou com uma pessoa que vestia uma camiseta em que estava estampada uma imagem do guerrilheiro socialista Ernesto "Che" Chevara? Isto é uma coisa muito comum. Não é para menos: Che Guevara tornou-se um símbolo; e como todo símbolo, ele é estampado, exposto e publicizado. É estampado, exposto e publicizado como tantos outros símbolos; como o 'M' do Macdonalds, por exemplo; ou então como a Cruz católica; ou ainda como a estrela de Davi. Enfim, o rosto de Che Guevara é cheio de significados.
Em geral as pessoas associam Che Guevara a uma atitude revolucionária; a uma postura contestadora do 'sistema capitalista', das 'injustiças sociais'. Guevara foi transformado em símbolo do inconformismo. E é assim que é mostrado. Em 4 anos, dois filmes sobre Che Guevara foram lançados. E em ambos ele é mostrado exatamente desta forma.
O primeiro, de 2004, chama-se Diários de Motocicleta, e foi dirigido pelo brasileiro Walter Salles. O segundo, Che , é de 2008 e foi dirigido por Steven Soderbergh.
Em Diários de Motocicleta, Salles nos mostra um Guevara jovem e doente, mas aventureiro e destemido; um Guevara que viaja pela América do Sul com seu amigo em uma motocicleta, e que por entre tropeços e dramas típicos de um empreitada desse vulto, conhece a pobreza trágica de nosso continente, sofrendo com tal conhecimento uma profunda modificação.
Infelizmente ainda não assisti ao filme Che. Mas em um vídeo do youtube uma entrevista polêmica com Benicio del Toro - ator que interpreta Guevara neste filme - nos lança uma questâo: será que a imagem que nos foi passada de Che Guevara corresponde à realidade histórica? Será que ele foi o bom moço destemido e preocupado com as injustiças? Será que as virtudes que o transformaram em símbolo corresponde à realidade de Che Guevara?


Vai um endereço que comenta e transcreve partes da entrevista:http://olhodevidro.sertaofilmes.com/2009/01/30/benicio-del-toro-e-o-filme-che/

Assistam ao vídeo no endereço http://www.youtube.com/watch?v=IZGTV6FbBXM



quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Comentário a artigo do Observatório da Imprensa

Concordo com Luiz Antônio Magalhães: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa; uma coisa é a ditadura comunista em Cuba, outra coisa foi a ditadura militar no Brasil. A violência dessas ditaduras, seus motivos, suas promessas, suas duraçôes, suas estruturações, o tratamento que receberam (e recebem) na mídia, nos livros de História, nos filmes (vejam no youtube o ator Benicio del Toro pego de calças curtas quando questionado a respeito das mais de 400 execuções ordenadas por Che Guevara; quase o mesmo tanto de execuções da ditadura brasileira...Em 21 anos) ... Em tudo as ditaduras se diferem. Errou a Folha ao rotular de ditabranda a ditadura militar brasileira.Erraram - e erram - Fábio Konder e Maria Victoria Benevides se não reagem publica e proporcionalmente à ditadura cubana; ou seja, se não reagem com muito mais horror e indignação. Porque ataques à ditadura brasileira ocorrem. Mas os que atacam nossa ditadura e são da esquerda, condenam de forma veemente as ditaduras que se espalharam e se espalham pelo mundo, pelo nosso continente? Neste ponto acerta a Folha ao taxar de cínica e mentirosa a reação de Leandro Konder e Maria Victoria Benevides. http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=526JDB001

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Sociologia e política do churrasco

No último sábado participei de um churrasco, e nele pude perceber que uma comemoração pode transformar-se rapidamente em um processo de decadência.
Em cerca de quatro ou cinco horas, pessoas que amistosamente teciam comentários sobre o calor, o frio, a chuva, o preço dos automóveis, as rodadas futebolísticas, o final das novelas e minisséries, tornaram-se brutos, violentos, prontos a desferir uma patada no primeiro a cruzar-lhe o caminho no reduzido espaço de disputa que é uma mesa de truco.
Pude perceber a súbita involução de pessoas educadas, ocupantes de cargos de certo prestígio e poder. Tal involução assemelha-se a um processo de desumanização que redunda em intolerância, perseguição, difamação e violência.
Como em toda sociedade, num churrasco ocorre a formação de grupos distintos; No churrasco a distinção leva a uma segregação inicialmente respeitável, e os critérios de separação são variados. As pessoas separam-se de acordo com o gênero, com a intimidade, com a identidade temática da conversa e por aí vai... O motivo exato da segregação não é o mais importante. O que importa é: as pessoas se separam.
A separação, no entanto, ocorre dentro do mesmo evento: o churrasco. Portanto há, além da segregação, um laço que une a todos. E é justamente esse o laço o caminho que leva ao conflito. O caminho, não o motivo.
O motivo sempre é complexo; sempre é uma somatória de fatores de ordem psicológica, histórica, contextual, física, química...Em um churrasco as pessoas se embebedam. E após quatro ou cinco horas seus reflexos, seus raciocínios, suas falas, suas percepções estão consideravelmente afetadas. Somam-se a isso personalidades inflamáveis, orgulhosas e extrovertidas, além de um contexto de disputa (como o é o jogo de truco) e indivíduos com pouca intimidade (embora com interesses momentâneos em comum), e a situação bélica está montada. Falta apenas o estopim, a gota d’água, a primeira peça do dominó a cair para que o tênue encadeamento de uma sociedade (o churrasco) se desfaça. Tal episódio pode ocorrer ou não. No sábado passado, ele existiu.
Começada a confusão, o surgimento de líderes, forças e manifestantes pacifistas é quase inevitável. Afinal nem todos estão embriagados e envolvidos na disputa em questão. O que não significa que estejam livres de interesses. Ao contrário, o interesse que defendem é o bem-estar dos participantes do jogo.
Mas aí surge outro problema, pois o interesse dos participantes do jogo de truco era derrota e a humilhação (no caso, com ou sem baralho) dos adversários. E é nisto que consiste o seu bem-estar. Para os líderes e manifestantes pacifistas, ao contrário, o bem-estar resume-se à manutenção física dos jogadores e do ambiente em que se realiza o churrasco.
Temos, então, uma nova disputa: os jogadores contra os líderes e manifestantes pacifistas (geralmente as namoradas e esposas). Começa, então, um novo foco de contenda.
Diante daquela mixórdia, daquele fuzuê, daquele pega-pra-capar, e das dificuldades em se estabelecer um cessar-fogo e um acordo de paz em um churrasco de sábado, não pude conter um leve sorriso provocado pela percepção da tragicomédia humana.
Não pude também evitar de pensar nas sempre fáceis, sempre rápidas e sempre indolores soluções propostas pelos analistas, jornalistas e opinólogos para o conflito no Oriente Médio. E não sei porquê lembrei de um ditado que sabiamente diz: o papel aceita tudo.

terça-feira, agosto 05, 2008

As consequências das nossas idéias

Ter uma idéia pode significar várias coisas. Uma idéia pode ser a representação mental de um objeto, de um fato; pode ser uma concepção intelectual, um projeto, um plano; pode ser um modo de ver determinada realidade, uma opinião; pode ser uma tendência, uma orientação do nosso pensamento. Não raro, pode ter vários desses significados ao mesmo tempo.
Tomemos um exemplo banal, simples. Um aluno terá uma prova. No dia anterior, ele tem uma idéia: preparar uma cola. Eis mais ou menos o que passou na cabeça desse aluno:
“Tenho prova amanhã. Tenho que me sair bem. Quero tirar uma boa nota. Poderia sentar e estudar, fazer os exercícios, revisar as anotações de aula... Mas tudo isso dá muito trabalho. Quero tirar uma boa nota, mas sem muito esforço. Vou fazer uma cola”. (É óbvio que o caso poderia ser outro. Por exemplo, o de uma pessoa que, desconfiada da própria capacidade e tomada de desespero, veja na cola a única saída).
Ora, nosso hipotético aluno tem idéia do que é uma cola. Ele sabe que é um conjunto de anotações, de lembretes, que devem ser escritos de tal forma que não devam ser notados por aqueles que cuidam da prova.
Nosso hipotético aluno teve uma idéia, ele concebeu um projeto, ele teve um plano, ele enxergou a realidade (a prova, o estudo) de uma determinada forma; seu pensamento foi orientado por determinada concepção de mundo. Sua idéia teve uma conseqüência.
E é assim com todas nossas idéias! Em maior ou menor grau, elas sempre têm conseqüências. O que Sócrates, Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Bacon, Locke, Hume, Kant (para falar só de alguns) pensaram, as idéias que eles tiveram, contribuíram para formação do mundo em que nós vivemos hoje; contribuíram para formar o jeito de pensarmos, contribuíram com palavras que usamos costumeiramente (idéia, por exemplo), e contribuíram para o modo de agirmos.
Dentre os pensamentos estudados pela história da filosofia, a teoria de Karl Marx talvez seja uma das que mais influência teve na formação das idéias (nos vários sentidos acima citados) das pessoas. E é justamente por isso que muito do aconteceu na história do século XX, aconteceu porque pessoas assimilaram idéias de Karl Marx.
Podemos dizer, então, que as idéias de Marx tiveram muitas e muitas conseqüências.
Veja o vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=r85BKBTcEgg